sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mercenaries 2 - World in Flames







Mercenaries foi lançado em 2005 e foi considerado inovador por ser um jogo OpenWorld tendo como cenário um país em pleno golpe de governo. Com a promessa de fazer ainda melhor inovando o game em muitos aspectos, Mercenaries 2 foi anunciado e infelizmente no console eterno ele não cumpre se quer metade do prometido.



Jamais deixe de pagar um Mercenário
Mercenaries 2 tem a jogabilidade idêntica ao primeiro, o jogador escolhe entre 3 personagens diferentes e joga em um mapa gigantesco onde pode fazer suas missões livremente, sendo elas secundárias ou primarias. O game se inicia quando o jogador vai para a Venezuela cumprir um contrato de resgate em uma ilha muito bem guardada por militares e veículos blindados, nada é um grande problema até o termino da missão que serve de tutorial. Porém Solano, o homem que te contratou, resolve se livrar de você antes de pagar e você foge sem ter opção, mas Solano jamais deveria ter deixado de pagar um mercenário.



Em busca de vingança você vai atrás de Solano, porém o mesmo já se escondeu em algum lugar da Venezuela, para obter informação de seu paradeiro você começa a fazer pequenos contratos para a empresa de petróleo do país e uma aliança rebelde, isso antes da metade do jogo que é quando realmente o circo pega fogo e eu não vou estragar a surpresa. Para continuar suas missões pelo país em busca de Solano você monta um quartel general e contrata mais três mercenários para lhe ajudar: um piloto de helicóptero, para entregar ao jogador veículos e caixas com armamentos e munição; um piloto de jato, para fazer ataques aéreos às bases inimigas; e uma mecânica, que fica responsável pelo melhoramento dos veículos, esqueci de dizer, os melhoramentos só estão disponíveis nas outras versões do game.

Os brinquedos venezuelanos
Ao fazer as missões o jogador ganha mais dinheiro e mais combustível, o combustível é para abastecer o jato e o helicóptero, mas e o dinheiro? Sobreviver em um país desses e ter de fazer missões arriscadas gera muitos custos, você precisa de munição, de veículos e de apoio aéreo, tudo isso pode ser comprado com alguns vendedores, porém antes de se liberar qualquer tipo de item é necessário fazer uma missão para esses vendedores. Muitas vezes o objetivo é capturar ou roubar um veiculo que irá ser liberado ou que carrega bombas ou armamento que será desbloqueado para compra, apôs comprar ele fica disponível em uma lista e basta você pedir que seja entregue, deixe-me explicar, o armamento pode ser entregue a qualquer momento pelo piloto do helicóptero em qualquer lugar que você esteja; as bombas serão jogadas aonde você indicar e os veículos podem ser entregues da mesma forma que o armamento ou podem ser pegos direto na garagem do quartel general.



A jogabilidade é como em um FPS, um analógico movimenta a mira e outro movimenta o personagem enquanto R1 serve para atirar e o restante dos botões tem funções como saltar, dar coronhada e entrar e sair dos veículos, tudo funciona muito bem e os comando não poderiam ser mais intuitivos. Os tiroteios são frenéticos e o jogador tem de tomar decisões rápidas como entrar com tudo em uma base militar venezuelana, ou antes, de entrar fazer uma limpa usando um ataque aéreo devastador, os inimigos não possuem uma inteligência artificial muito boa e tudo que sabem fazer é atirar contra o jogador, estando você sem munição ou dentro de um tanque de guerra ele simplesmente ficam com o dedo no gatilho o tempo todo, porém devido ao grande número de inimigos e a quantidade de blindados a disposição deles tudo pode ser mais difícil do que você pensa.

As inovações prometidas e as cumpridas
Mercenaries era famoso por ter seus cenários quase que completamente destrutíveis, porém era impossível não se perguntar como uma bomba derruba um quarteirão, mas não derruba uma simples árvore, foi então anunciado que todas as árvores de Mercenaries 2 poderiam vir ao chão com apenas alguns tiros, dito e feito, porém não na versão de PS2, aqui você continuará vendo coqueiros de pé apôs a explosão de uma bomba nuclear. Por falar em bomba nuclear, ela foi muito mostrada nos trailers do game e parecia uma maravilha poder derrubar quase uma cidade inteira com um único comando, porém na versão de PS2 você só pode usá-la uma única vez e em um local pré determinado.


 A equipe de produção prometeu que iria por novos veículos a disposição do jogador, até mesmo veículos aquáticos, porém com exceção dos inúmeros (4 ou 5) veículos aquáticos e um único helicóptero todo o resto não passa dos antigos veículos do primeiro game com uma nova mão de tinta virtual. Uma das poucas coisas prometidas e cumpridas foi à capacidade do jogador de nadar, diferente do antecessor agora você pode percorrer todas as águas que cercam a Venezuela a bordo de veículos ou a nado.


 Outra mudança muito importante, mas que não foi feita na versão de PS2 foi à inclusão de um modo para dois jogadores simultâneos em tela dividida, não haveria nada mais divertido que destruir um país inteiro com um amigo do lado. Além dessas mudanças e da forma de adquirir os armamentos e etc. o jogador pode voltar a caçar os Militares escondidos pelo mapa, porém dessa vez não é necessário fazer missão alguma para saber suas localizações, todas as informações estão disponíveis em seu PDA e basta você querer capturá-los vivos ou mortos para conseguir.

Parte técnica
As músicas do game são muito bem compostas e assim como as do anterior são orquestradas, só que dessa vez com um toque latino, todas as músicas estão de parabéns desde o menu até os créditos. O som das armas e das bombas são muito bons transmitindo ao jogador a sensação de estarem verdadeiramente em um cenário de caos urbano, os veículos não ficam atrás e foram muito bem representador sonoramente. Os gráficos não mudaram em absolutamente nada em relação ao primeiro e por ter se passado tanto tempo de lá pra cá era de se esperar que ficasse melhor, porém isso não é um grande problema já que os gráficos eram bons na época e ainda não chagam a ser ruins.


Conclusão
Mercenaries fez muito bonito alguns anos atrás e seu sucessor prometia inovar tudo e levar a destruição a um novo conceito, porém boa parte das inovações prometidas ficaram restritas aos consoles de nova geração e nosso eterno PS2 ficou com uma versão remodelada do primeiro game, mesmo assim quem gostou do primeiro não terá o porquê de não gostar desse e ao mesmo tempo não verá mudanças muito profundas no game em si e sim na história, já os que não jogaram o primeiro basta escolher entre uma Coréia completamente destruída ou um país tropical, o resto é quase a mesma coisa.




Pontos positivos:
- A editoria ficou melhor que a do primeiro e empolga o jogador apôs alguns acontecimentos.
- A parte sonora do game é muito bem feita e quem jogar fará bom uso do Home Theater.
- A diversão proporcionada pela destruição e pelos tiroteios deixará o jogador preso por horas na frente da TV.

Pontos negativos:
- A falta de mudanças prometidas.
- A reciclagem dos veículos e armas do antigo game.
- A IA que desde o primeiro é muito ruim.

Notas:
-Gráficos: 8
-Parte sonora: 10
-Jogabilidade: 10
-Diversão: 9
-História: 9
-Replay: 9

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